sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Simbolismo

Nossa reportagem irá tratar de um precursor de todos os grandes poetas simbolistas. Iremos falar de Charles Baudelaire (pai da poesia simbolista francesa); poeta, escritor e teórico da arte francês.
Nascido no dia 09 de Abril de 1821, em Paris; Baudelaire é considerado um dos percusores do simbolismo e reconhecido internacionalmente como o fundador da tradição moderna em poesia.
Charles Baudelaire foi um escritor que avançou as fronteiras dos costumes em sua época, lançando-se também como critico de arte no Salon de 1845.
Nesse momento, o poeta tornava-se um critico que buscava um principio inspirador e coerente de arte.
Onde suas poesias são marcadas pela contradição; de um lado cria-se um herdeiro do romantismo obscuro, e de outro, o poeta que se opôs ao sentimentalismo redundante do romantismo francês.
Autor as obra “As flores do Mal”, uma coletânea com mais de 100 poesias, onde todas eram direcionadas ás misérias e aos horrores que perseguem o homem. A obra, nos moldes do chamado “satanismo”, desmitificava a poesia, sugeria mensagens através de símbolos que se relacionavam – as “correspondências”:
A natureza é um templo augusto, singular,
Que a gente ouve exprimir em língua misteriosa;
Um bosque simbolista onde a árvore frondosa
Vê passar os mortais, e segue-os com o olhar.

Como distintos sons que ao longe vão perder-se,
Formando uma só voz, de uma rara unidade,
Tem vasta como a noite a claridade,
Sons, perfumes e cor logram corresponder-se

Há perfumes subtis de carnes virginais,
Doces como o oboé, verdes como o alecrim,
E outros, de corrupção, ricos e triunfais

Como o âmbar e o musgo, o incenso e o benjoim,
Entoando o louvor dos arroubos ideais,
Com a larga expansão das notas d'um clarim.
Nota-se que esta teoria tem origens místicas: preconiza o mundo como um reflexo pálido do céu. Imagina a existência de um mundo invisível e superior, onde sons, cores e perfumes formariam uma “tenebrosa e profunda unidade”.
A poesia de Charles Baudelaire tendeu para uma expressão de imagens cotidianas, o “visto pelo autor”, tendo o poeta sido quem melhor em sua época, intuiu a mudança radical provocada pela metrópole sobre a sensibilidade.
Em 1857, o livro é acusado pelo poder público, de ultrajar a moral publica. Contudo isso , o escritor francês aceitou a sentença e escreveu seis novos poemas “mais belos que os suprimidos”. Como um poeta e critico francês, Baudelaire questionava o excesso de moral e sentimentalismo, e se opõe a vida burguesa e as confecções  da época.
Trazendo para realidade, Charles Baudelaire, se fosse um  poeta atual, ele iria questionar principalmente a corrupção política, algo similar as suas indagações sobre as convecções da época em que viveu.
Respondendo a pergunta, por ele mesmo formulada, sobre o que seria uma Arte Pura, concluiu:
“É criar uma mágica sugestiva contendo a um só tempo o objeto e o sujeito, o mundo exterior ao artista e o próprio artista”.
Foi através, naturalmente, dos sentidos, que Baudelaire aprende a realidade concreta.
Através de sua maneira de encarar a arte que o tornou percusor dos poetas simbolistas, por meio disso, é considerado o pai da poesia moderna. Seu talento, capacidade intelectual e percepção romântica, só foram totalmente apreciadas após sua morte.




COMPONENTES:
Lizandra Miriam
Luciana Melo
Samuel da Silva
Stéfanie da Costa

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